Amaral

Alexandre da Silva Mariano, como o nome facilmente indica, Amaral no mundo do futebol, nasceu em Capivari, Brasil, estado de São Paulo, decorria o ano de 1973.
Iniciou a sua carreira como coveiro, num cemitério, e pelas histórias que contava dessa altura lhe ficaram as alcunhas de "Zé do Caixão" e "Coveiro".
No futebol, iniciou a sua carreira sénior no Palmeiras, na temporada de 1993, equipa que era uma verdadeira constelação de estrelas brasileiras em que quase todos chegaram a vestir a camisola da selecção num momento ou outro da sua carreira.
Amaral esteve 4 épocas no Palmeiras até que foi altura de dar o salto para a Europa, via Parmalat. Assim, o jogador é contratado pela equipa da sede da empresa de lacticínios, o Parma, mas ainda fica parte da época no Palmeiras. A porta da Europa estava aberta para Amaral e era o Benfica, em 1996/97, que o acolhia por empréstimo do Parma. Que equipa!
Amaral colheu as simpatias dos adeptos benfiquistas e na 1ª época participou em 19 jogos. Apesar dos insistentes pedidos dos sócios, que até fizeram uma célebre campanha (Fica Amaral), Amaral não ficou no Benfica, diz-se, porque Manuel José “não queria abdicar de um dos seus” para ficar com o médio-defensivo.
Entretanto na época de 1997 regressa ao Palmeiras onde faz 22 jogos e volta à Luz na época seguinte 1997/98, como grande trunfo de Vale e Azevedo, novamente por empréstimo, juntamente com Souness, que preferiu sempre Kandaurov e Thomas para fazerem a posição do brasileiro. Não admira portanto só ter feito 5 jogos.
Amaral foi transferido de novo para o Brasil, desta feita para o Corinthians, onde joga época e meia. A meio da época de 1999 assina pelo Vasco da Gama e em 2000/01 regressa à Europa e para se afirmar na Serie A. Assina pela Fiorentina, onde alinha 2 épocas. Inicia a época de 2002/03 no Besiktas da Turquia mas não é feliz e regressa ao seu Brasil, para iniciar uma carreira de saltimbanco de clubes. Em 2003 alinha no Grémio, em 2004 no Vitória da Bahia e em 2005 no Atlético Mineiro, clubes onde nunca fez uma época em cheio.

Novo regresso à Europa em 2005/06 para representar o Pogon, clube polaco que comprou brasileiros por atacado que constituíam a maioria do plantel onde alguns dos poucos não brasileiros eram Kazmierczak, Grzelak e Peskovic (actualmente na Académica). Em 2006/07 ainda se manteve na Polónia, onde alinhou em 9 partidas, mais 2 que na época anterior. No final dessa época regressa ao Brasil, para envergar as cores do Santa Cruz do Recife. Em 2008 alinhou no Grémio Barueri, na 2ª Divisão do Brasil.
Mas para a época de 2008/09, e depois de ter corrido toda a Europa e Brasil, Amaral decide dar novo rumo à carreira e junta-se a um colosso da Oceânia, o Perth Glory, onde alinha ao lado do holandês Victor Sikora.
Aos 35 anos e com carreira para seguir aqui, Zé do Caixão já vai na Austrália…

Mamede

José Mamede Aleixo Ferreira nasceu perto de Alcácer do Sal, corria o ano de 1974. Iniciou-se no futebol nas escolas do Vit. Setúbal e subiu aos seniores em 1992/93, sob as ordens de Raul Águas. Nessa época, partilhou o balneário com nomes como Yekini, Diamantino ou Nunes.
Mamede, no mundo do futebol, manteve-se no plantel sadino durante 8 épocas a fio, portanto até ao fim de 1999/00. Teve a ascensão normal de um futebolista dentro duma equipa e quando saiu era titular da mesma. O Calcio chamou-o e Mamede correspondeu.
Em 2000/01 assina pela Reggina, de Reggio Calabria, não confundir com a Reggiana de Reggio Emilia e de Paulo Futre. Nessa primeira época é companheiro de equipa de Caneira, mas os dois não são capazes de evitar a descida de divisão da equipa. Na época seguinte, na Serie B, conseguem a subida de divisão para na 3ª época conseguirem a manutenção na Serie A.
Mamede tinha provado a toda a Itália que era jogador para a Serie A, portanto transfere-se em 2003/04 para o Messina, que jogava na Serie B. Consegue a subida nessa época e um 7º lugar na Serie A na 2ª época, muito boa classificação. Na 3ª época, nem com o castigo de 30 pontos a Lazio, Milan e Fiorentina e com a desclassificação da Juventus, a Messina consegue evitar o regresso à Serie B. Ter Zoro na equipa ajudou decerto.
Em 2006/07 Mamede passa meia época na Serie B com o Genoa e outra meia na Serie C com o Perugia. Na época seguinte seguiu para Salerno, na Serie C, onde alinhou pela Salernitana, equipa que subiu à Serie B. Mamede também foi campeão!
Actualmente, transferiu-se para o excitante Potenza, da Serie C1B, onde ocupa um honroso último lugar. Aqui está o link para Mamede na página do clube.
Sendo que em Itália as carreiras acabam perto dos 40 anos, ainda é de esperar para ver onde a carreira de Mamede vai acabar, mas aos 34 anos já vai a caminho da 4ª Divisão italiana. Carreira para seguir aqui.

Detinho

José Wellington Bento dos Santos, no mundo do futebol Detinho, nasceu no ano de 1973 em Sergipe, no Brasil. Com infância pobre e difícil, Detinho tenta a sua sorte no mundo do futebol. Os registos a que tive acesso apenas remontam a 1997, quando Detinho alinhava no Vasco Esporte Clube (não confundir com o Vasco da Gama) de Sergipe. Em 1997/98 inicia-se a aventura europeia do atleta, chegando para o Paços de Ferreira de Eurico Gomes na altura e que militava na 2ª Divisão.

Com adaptação difícil, Detinho abandona o clube e ruma ao Vianense nessa mesma época, treinado pelo nosso bem conhecido Rogério Gonçalves. Na época seguinte, transfere-se para a Oliveirense e em 1999/00 assina pelo Marco. Todas estas equipas estavam na 2ª Divisão B na altura.

Mas em 2000/01 Detinho dá o salto para a alta roda do futebol português assinando pelo Campomaiorense, clube onde ficou época e meia, sendo que a segunda época já foi na 2ª Divisão. A meio dessa época transfere-se para o Leixões de Carlos Carvalhal, que alinhava na 2ª Divisão B (bem conhecida do nosso herói), clube em que perde a final da Taça de Portugal para o Sporting. Nessa época, Detinho confessa à comunicação social que é analfabeto o que não deixa de ser estranho num futebolista profissional.

Detinho vive tempos felizes em Matosinhos, onde permanece durante as 3 épocas seguintes. Mas as saudades apertavam e Detinho precisava de nova época na 2ª Divisão B para as matar: assim assina pelo Imortal de Albufeira para a época de 2005/06. Mortas as saudades, Detinho estava pronto para nova grande etapa na sua carreira: emigrar! Sim, porque Detinho é um português adoptado por todos os lusos amantes da bola, como é óbvio.

O novo destino é a exigente liga de Hong Kong e o seu campeão habitual, o South China, clube por onde passou Pedro Xavier em tempos. O treinador era Casimiro Mior, nosso bem conhecido. Chegaram de Portugal mais alguns atletas, entre os quais Marco Almeida (logo um dos primeiros abordados), Juninho Petrolina e Sidraílson. Detinho vive tempos felizes no campeonato de Hong Kong e, até ao momento, tinha marcado 53 golos em 56 jogos no clube.

Neste video amador, pode-se ver Detinho a marcar um golo contra o LA Galaxy de David Beckham e Abel Xavier, que se distingue claramente na imagem pela cabeleira loira jogando a central:



É um jogador com direito a wikipedia. De outro modo pode-se seguir a sua carreira aqui.

Não obstante, o campeonato é bastante fraco, e não se livra de um já vai em Hong Kong…

Anderson

Anderson Roberto da Silva Luiz nasceu em Apucarana no Brasil, corria o ano de 1978. Como qualquer brasileiro que joga a bola, quer vir para a Europa o mais depressa possível e isso até aconteceu, estreando-se no plantel do Alverca em 1997/98, portanto com 19 anos ainda, clube que na altura estava na 2ª Divisão.

Anderson era um avançado rápido e forte, com boa estampa física (1,87m) e poderia vir a ser um bom jogador em Portugal. Nessa 1ª época, Anderson festeja a subida à 1ª Divisão com o Alverca, mas na época seguinte vai fazer meio ano ao Náutico, do Recife, sendo uma época em que não se afirmou por cá. Mas em 1999/00 estava de volta e ao Alverca para aí ficar durante 3 épocas de inegável sucesso. Em 2002/03 estava na altura de dar o salto e que clube mais apetecível para ir nessa cantilena que o Benfica!

Como era de esperar, Anderson não se impôs na Luz e foi emprestado ao Moreirense até ao final dessa época, onde jogou com regularidade. Mas o contrato que assinou com o Benfica era longo e Anderson não quis abrir mão do mesmo. Como tal, permanecendo ligado ao Benfica, iniciou a época na equipa B enquanto não arranjava colocação. Esteve emprestado à Naval, na altura na 2ª Divisão metade da época e na outra metade novo empréstimo, desta vez ao Al-Rayyan do Qatar, que tinha nas suas fileiras craques como Hierro, Basler ou Bernabia. Na época seguinte fez o mesmo trajecto: meia época na 2ª Divisão com a Naval e o restante de novo no Al-Rayyan, desta vez com os gémeos de Boer nas suas fileiras e ainda Sonny Anderson, para além de Bernabia que se manteve.

Colhida toda esta experiência internacional, estava na hora de regressar ao Brasil, de novo emprestado, no que seria o último ano de ligação contratual ao clube da Luz. O destino foi a Portuguesa dos Desportos.

Em 2007 esteve meio ano no Londrina, onde partilhou o balneário com Amaral (esse mesmo da Operação Fica Amaral), e o restante ano no Ponte Preta. Actualmente, em 2008, Anderson joga no Japão, no Consadole Sapporo, emblema que conseguiu um excelente 18º e último lugar na liga nipónica com metade dos pontos do penúltimo (isto ainda a 2 jornadas do final da competição).

Com carreira para seguir aqui, Anderson já vai a caminho da 2ª Divisão do Japão…

Armando Sá

Armando Miguel Correira de Sá nasceu em Maputo, Moçambique, decorria o ano de 1975. Iniciou-se no futebol profissional ao serviço do Belenenses, decorria a época de 1992/93. Na época seguinte ainda fez parte da equipa em que figurava David Embé e Mauro Airez mas não tinha espaço para se afirmar. Assim, em 1994/95 ruma ao Vilafranquense, ainda muito novo (17 anos) onde fica ainda na época seguinte. Mas era grave demais dizer “Já vai” a um miúdo de 17 anos que de facto teve um início de carreira prometedor nesse aspecto.

Da Vila Franca de Xira, Armando salta para o Bragança em 96/97 e na época seguinte mantém-se em Trás-os-Montes, assinando pelo Vila Real, onde contracenou com o quase-internacional “A” Rosário e com Paulo Jorge, o diminuto guardião gilista dos últimos anos.

Mas em 98/99 deu o salto: foi transferido para o Rio Ave, equipa onde permaneceu 3 épocas. Em 2001/02 é contratado pelo Braga e no mercado de Inverno dessa época assina pelo Benfica, clube onde jogou 2 épocas e meia com alguma regularidade, fazendo um total de 51 jogos e marcando um golo nesse período.

Mas Armando Sá não era visto como aposta de sucesso na Luz e no início da época de 2004/05 é vendido ao Villarreal da 1ª Divisão de Espanha. Armando não se aguentou muito tempo na equipa sendo transferido para o Espanhol na época seguinte. A meio da época de 2006/07 é transferido para o Leeds United, que disputava a 2ª Divisão inglesa. Armando arrasta-se por Leeds até ao final da época e tem uma transferência-relâmpago para o Foolad de Ahvaz (Irão), clube que tinha muitos jogadores oriundos do campeonato português e orientado por Augusto Inácio. Apenas um parêntesis para dizer que o Foolad estava na 2ª Divisão na altura (subiu essa época e teve uma excelente carreira na Taça). E não é tudo! Na época actual, transferiu-se para o Sepahan, da cidade de Ishfahan, naquela que só pode ter sido a transferência mais badalada do defeso no Irão! Atente-se na fotografia para aferir das espectaculares modalidades amadoras que o clube possui e as campeãs que as mesmas produzem!



Com carreira para seguir aqui, é caso para dizer que Armando Sá, aos 33 anos, já vai na 2ª equipa no Irão…

Santamaria

Ricardo Jorge Oliveira Ribeiro Duarte nasceu na Pontinha em 1982 e iniciou-se no futebol nas escolas do Sporting. Mais um atleta apontado como grande promessa para o centro da defesa leonina, Santamaria estreia-se no plantel principal decorria ainda a época de 1998/99, portanto bastante novo ainda. Não espantou que no ano seguinte ainda alternasse entre os juniores e os seniores.
Em 2000/01 Santamaria começa a jogar na equipa B do Sporting, situação essa que se repete na época seguinte. Mas em 2002/03 era altura de Santamaria evoluir para um futebol mais competitivo e é emprestado ao Marco, na altura na 2ª Divisão.
Terminado esse empréstimo, regressa à casa mãe, onde alterna entre a equipa principal e a B em 2003/04.
Na época seguinte, Santamaria já com 22 anos teria que estar preparado para singrar na principal divisão do futebol português. É emprestado ao Estrela da Amadora, onde fica 2 épocas. E este foi o fim de linha de Santamaria com o Sporting, pois terminaram a sua ligação contratual no final da época de 2005/06.
Aos 24 anos, Santamaria teria que procurar clube sem a ajuda do Sporting e assim ruma ao Olhanense, na 2ª Divisão, para ser dirigido por Álvaro Magalhães.
Mas o atleta não é feliz em Olhão e decide dar o salto para outro futebol mais condizente com as suas capacidades. Surge então no seu caminho o Ponferradina, da 2ª^Divisão B espanhola que o acolhe de braços abertos para a época desportiva de 2007/08. Santamaria estava como peixe na água em Espanha e em 2008/09 mantém-se no mesmo clube, a disputar a mesma divisão.
Aos 26 anos a carreira de um jogador ainda pode dar algumas voltas, mas Santamaria não se livra de que com esta tenra idade “já vai na 2ª B espanhola”…
Carreira de Santamaria aqui.

José Soares

José Feliciano Loureiro Soares nasceu em Elvas corria o ano de 1976 e iniciou-se no futebol nas escolas do Benfica. Foi na posição de defesa central que se tornou conhecido e em 1995 alinhou pela selecção nacional de sub-20 no Mundial do Qatar, fazendo dupla com outro ilustre do nosso futebol, Beto.
Mas a carreira sénior iniciou-se em 1994/95 com um empréstimo ao Famalicão, durante essa época rumou ao Qatar para o tal Mundial sub-20, e na época seguinte rumou ao Alverca, na altura clube satélite do Benfica, clube onde ficou duas épocas. Nas duas épocas seguintes, iniciou a época na Luz, à espera que fosse a época de afirmação, mas acabou sempre por ser emprestado ao Alverca onde concluiu as respectivas épocas. Em 1999/00, José Soares inicia de novo a época no Benfica mas é emprestado de novo, desta feita ao Campomaiorense (ver vídeo), na época que foi a sua última com ligação contratual ao Benfica.

Na época seguinte jogou no Desportivo das Aves, que desceu de divisão, mas José Soares a jogar numa divisão secundária preferiu que fosse numa estrangeira, pois trar-lhe-ia muito mais prestígio. Assim, assinou pelo Istres, da 2º Divisão Francesa, numa altura que tinha 26 anos.
Mas José Soares considerava-se atleta de 1ª Divisão e quis provar isso mesmo ao assinar na época seguinte pelo Al Ittifaq, da Arábia Saudita. O jogador gostou do Médio Oriente e passou as duas épocas seguintes a essa no Al-Shamal, do Qatar.
Após 4 anos a jogar fora, José Soares sentiu o chamamento da saudade e regressou a Portugal, para jogar no clube da sua terra “O Elvas”, em 2006/07 e 2007/08, onde reencontrou o seu ex-companheiro do Campomaiorense Laelson. Apesar de tudo os tempos eram outros e “O Elvas” disputou a 3ª Divisão nessas 2 épocas, com José Soares no centro da defesa.
Nesta época, José Soares voltou a emigrar, para a Liga de las Estrellas. Rumou ao Badajoz, que disputa a 2ª Divisão B espanhola. Tal como dizia Paco Bandeira, “Ó Elvas, ó Elvas, Badajoz á vista…”. Com carreira para seguir aqui, José Soares aos 32 anos já vai no Badajoz…

Paulo Morais

Paulo Jorge Matos Morais nasceu para o futebol nas escolas de Alvalade e cedo prometia uma carreira auspiciosa na defesa das redes leoninas. Em 1993/94 saído dos juniores do Sporting faz parte do plantel principal, mas com a concorrência de Costinha e Lemajic tinha a vida complicada. Assim, decide sair para o Estoril-Praia na época seguinte, equipa que tinha o grandioso Carlão ao leme. Paulo Morais joga na Amoreira 2 épocas e depois, descontente, transfere-se para o Desportivo de Beja, ao lado de valores como Marco Tábuas, Vado, Nunes e Birame(!!!!).
Uma época volvida, Paulo Morais dá um salto na carreira quando é contratado pelo Sp. Braga, equipa onde esteve 4 épocas, que foi o período maior que alguma vez esteve numa equipa. No entanto, com Quim na equipa era difícil jogar e em 2001/02 transfere-se para o Campomaiorense, já na 2ª Divisão Nacional. Mas Paulo Morais não se deixou ficar muito tempo sob alçada dos Nabeiros e na época seguinte ruma à terra de Avelino Ferreira Torres para disputar de novo a 2ª Divisão Nacional.
Depois começa a queda de um mito. Em 2003/04 assina pelo Moura, seguindo-se o F.C. Madalena dos Açores para disputar a 3ª Divisão. Segue-se o Estrela de Vendas Novas e o Carregado, sempre na 3ª Divisão. Mas foi no Carregado, em 2006/07, que conseguiu uma proeza: a subida à 2ª Divisão B! Na época seguinte mantém-se na equipa dos arredores de Lisboa e no início da actual época transfere-se para uma casa que bem conhece: o Madalena, para disputar de novo a 3ª Divisão Nacional!
Com 34 anos, e desde os 27 anos já em divisões secundárias, é mais uma promessa leonina que já vai no Madalena. A carreira está aqui.

João Oliveira Pinto

João Manuel Oliveira Pinto nascido em 1971 em Lisboa foi “o outro João Pinto” do Mundial de Juniores de 1991, que Portugal ganhou e em que João Oliveira Pinto era parte integrante. Nesse ano João estava no 2º ano de junior do Sporting.
Mas passada a conquista do Mundial, João O. Pinto não teve a vida facilitada e viu as portas de Alvalade serem-lhe fechadas como sénior, portanto iniciou a sua carreira no Atlético, de onde deu um salto para o Vit. Guimarães na época seguinte, onde não foi feliz. Voltou para perto de casa, desta feita para o Estoril Praia e nas 4 épocas seguintes esteve no Minho: as 2 primeiras em Barcelos, as 2 últimas em Braga.
Mudou de novo em 1998/99 para o Farense e na época seguinte para o Marítimo, onde esteve 2 anos. Regressa ao continente em 2001/02 para representar a Académica, mas mais uma vez não foi feliz e assina pelo Imortal de Albufeira em 2002/03, onde fez companhia a Rene Rivas e Chiquinho Conde.
Sempre a descer, salta para o Amora e uma época volvida assina pelo Sesimbra, clube que representou durante 4 épocas seguidas, o que foi um recorde na carreira do jogador.
No início desta época assinou pelo Alfarim, da A.F. Setúbal onde joga actualmente.
Com carreira para seguir aqui, João Oliveira Pinto já vai nas distritais de Setúbal…

Andrade

Luís Filipe Andrade de Oliveira, natural de Lisboa, nasceu em 1973 e fez a sua formação como futebolista nas escolas do Sporting. Em 1992/93 estreia-se nos seniores no Estoril-Praia de Fernando Santos, plantel que tinha ao seu serviço os búlgaros Voynov e Mladenov, entre outros. Andrade jogava a trinco e era muitas vezes conhecido pela excessiva dureza que empregava nos lances em que intervinha. O jogador fez parte do plantel estorilista durante 3 épocas onde alinhou em 68 jogos oficiais e marcou 1 golo.
Em 1995/96 salta juntamente com o técnico Fernando Santos para o Estrela da Amadora onde faz 26 partidas, época regular essa que lhe valeu a transferência para Alvalade, onde não foi feliz pois em meia época não jogou nenhuma partida, sendo cedido ao Belenenses em Dezembro dessa época onde fez 1 golo nos 19 jogos que disputou. Na época seguinte, com a Cruz de Cristo ao peito faz uma época em cheio onde participa em 30 jogos, temporada essa que lhe valeu a contratação para o Benfica de Souness.
Em 1998/99 faz 12 partidas e em 1999/00 apenas 11 com a camisola benfiquista e, ansiando jogar com mais regularidade e ser treinado por Manuel Cajuda (quem não quer?), Andrade ruma por empréstimo ao Braga, onde faz uma boa época com 29 jogos disputados. Regressa à Luz e nas 2 épocas seguintes actua em 18 partidas.
Descontente com a sua situação, Andrade tem a sua experiência estrangeira no Tenerife, já na 2º Divisão espanhola onde alinhou em 22 partidas.
Em Dezembro de 2004, Andrade é contratado pela a Académica onde permanece época e meia, portanto até ao final da época de 2005/06, mas não é muito utilizado. Decide então abraçar nova aventura no estrangeiro, desta feita no AEP do Chipre, equipa que terminou a época num honroso 14º e último lugar da Liga.Mas Luís não participou nesse descalabro (na totalidade!), pois rescindiu com os cipriotas por salários em atraso. Em Dezembro de 2005 (portanto a meio da época), Andrade é resgatado pelo Pinhalnovense de Nascimento (ex-jogador do Guimarães, lembram-se?) e estreou-se na recepção ao Sporting nos 1/8 de Final da Taça de Portugal, jogo em que foi derrotado por 0-6.
Nova época na 2ª Divisão B, desta feita para tentar a promoção do Olivais e Moscavide à Liga Honra, promoção essa que o clube perdeu no desempate por grandes penalidades com o Sp. Covilhã numa das finais da 2ª Divisão B.
Actualmente, Andrade actua no Odivelas, também da 2ª Divisão B. Aos 35 anos, mas nestas andanças desde há algumas épocas, e com carreira para seguir aqui, Andrade já vai no Odivelas…

Rodolfo

Rodolfo Luís Costa Miguéns Correia nascido no ano de 1976 em Lisboa iniciou-se no futebol nas escolas do Estrela da Amadora. Como médio defensivo, correu as camadas jovens e estreou-se no plantel principal em 1994/95. Nas quatro épocas seguintes, Rodolfo foi-se afirmando aos poucos no plantel estrelista até conseguir o estatuto de titular.
Em 1999/00, e como não poderia deixar de ser, o seu ex-técnico do Estrela, Fernando Santos, estando ao serviço do Porto contrata-o como boa promessa para meio campo das Antas. Mas o Porto tinha alternativas que o Estrela não dispunha e Rodolfo não se conseguiu afirmar. Portanto, na época seguinte foi emprestado ao Beira-Mar, seguindo-se novo empréstimo ao Varzim em 2001/02, onde alinhou ao lado do espanhol Torres Mestre, que curiosamente veio acabar à Póvoa após várias épocas de sucesso no seu país.
No ano seguinte, Rodolfo mantém-se na Póvoa mas já desvinculado dos portistas. O Varzim é despromovido no final da época e Rodolfo vincula-se à Académica, clube em que permanece durante 2 épocas.
Mas faltava a experiência estrangeira a Rodolfo e findas essas 2 épocas ruma ao Clermont, da 2ª Divisão de França. Na época seguinte, Rodolfo já se sente rodado em divisões secundárias e assim assina pelo Lusitânia dos Açores, na 2ª Divisão B. Na época seguinte segue-se o Igreja Nova, da 3ª Divisão, sob o comando técnico de Rui Janota e patrocinado por Janotas e Simões (estará relacionado?). Mas Rodolfo não se ia ficar por aqui! Na presente época alinha no Linda-a-Velha, da AF Lisboa, jogando actualmente o seu futebol no Parque Desportivo Fernando Magalhães com lotação para 750 espectadores (a massa adepta do U.Leiria ou do Nacional encheria facilmente o recinto, adiante-se).
Para quem Fernando Santos foi buscar para jogar no Porto e com carreira para seguir aqui, aos 31 anos Rodolfo já vai nos distritais…

Taribo West

Taribo West nasceu aos 26 dias do mês de Março de 1974, em Lagos, na Nigéria. Central de reconhecida capacidade nos seus tempos áureos, iniciou a sua carreira no primodivisionário da Nigéria Sharks FC, em 91/92, na altura com apenas 17 anos. Na época seguinte serviu outro clube da "Premier" nigeriana, o clube gerido por uma conhecida constructora sediada na sua terra-natal, o Julius Berger FC (que curiosamente, ou talvez não, teve programado o seu encerramento de actividade para este ano, embora à última o seu presidente tenha decidido que afinal ainda dava pra jogar mais uma épocazita...coisas da Premier Nigeriana...). Foi com 19 anos e ao serviço do Julius Berger que Taribo West suscitou o interesse do Auxerre, onde posteriormente alinhou por 4 épocas onde jogou 73 jogos e apontou 1 golo. Já de pedra e cal no futebol europeu, seguiu-se a aventura italiana, ao serviço do Inter de Milão, onde em duas épocas calçou por 43 vezes tendo conseguido ainda um golo. Facilmente identificado pelo seu penteado, vá lá, peculiar, em 1999/2000 protagoniza uma (muito pouco) badalada transferência para o rival A.C. Milan, onde não encontra o sucesso esperado, tendo alinhado apenas 4 vezes...não tendo deixado no entanto de marcar o golinho da praxe. Terminada a aventura italiana, no ano 2000, Taribo foi passear os "pon-pons" para Inglaterra, tendo representado o Derby County por 18 ocasiões na época de 2000/2001. No ano seguinte ruma à Bundesliga e representa o Kaiserslautern por 10 vezes. O declínio na carreira de West começa em 2003/2004, já ao serviço do Partizan de Belgrado, tendo aparecido em apenas 5 partidas. Daqui para a frente a carreira de Taribo não mais conheceu o sucesso e desde então tem sido um rodopiar de clubes com pouca ambição. A saber, uma "perninha" no Qatar ao serviço do Al-Arabi, uma passagem pelo "Championship", ao serviço do Plymouth Argyle e por fim um regresso ao clube do coração, o Julius Berger de Lagos, em 2006/07, onde não apresentou o rendimento esperado.
2 mundiais (1998 e 2002), uma medalha de ouro (Atlanta 96) e 41 internacionalizações depois, lamentamos informar que Taribo West já vai no Irão... É do Paykan FC. Carreira? Aqui.

Okunowo

Samuel Gbenga Okunowo, nascido em Ibadan, na Nigéria, em 1979 é um futebolista cuja carreira teve um percurso quase inenarrável. Mas vou fazer um esforço.
Iniciou-se no futebol no seu país, no Shooting Stars, em 1995/96. Esteve lá 2 épocas e rumou ao Barcelona, onde na primeira época esteve na equipa B mas não chegou a jogar qualquer jogo, e na segunda época fez parte do plantel principal, onde chegou a disputar 14 jogos.
Samuel, novo, precisava de jogar mais. Portanto, foi emprestado ao Benfica na época seguinte onde chegou a jogar em 9 ocasiões tendo marcado 2 golos. Aquando da chegada à Luz, o presidente Vale e Azevedo afirmou “Okunowo vai fazer esquecer Veloso!”. Mais uma vez, como se provaria mais tarde, mentiu.
Nessa época é internacional pela Nigéria e chega a jogar a CAN 2000 pelo seu país. Faz ainda parte da selecção olímpica nigeriana que esteve nos Jogos Olímpicos do mesmo ano. Nesse período conseguiu representar a selecção A em 13 ocasiões e a olímpica em 18! A triste verdade é que Samuel tinha atingido o pico da sua carreira com apenas 20 anos. A carreira segue com um regresso a Barcelona, de onde é transferido para o Badajoz na época seguinte. Um ano depois a carreira muda de sentido e Okunowo assina pelos gregos do Ionikos FC. Mas a carreira foi massacrada por lesões e Samuel nestas 3 épocas (de Barcelona, Badajoz e Ionikos) não disputou um único jogo oficial por estas equipas. Por isso, rumou para Bucareste onde o Dínamo o recebeu. Samuel retribuiu com 2 jogos oficiais nessa época.
Sempre a subir na carreira, Okunowo transfere-se para o excitante campeonato albanês! O KF Tirana foi o seu novo clube, com grandes valores do futebol mundial como o avançado Xhafa ou o defesa Cipi, mas Samuel não realizou nenhum encontro oficial nessa época.
Perdida a hipótese de ser um consagrado no campeonato albanês, Samuel vira-se para a Ucrânia e assina pelo Metalurg Donetsk em 2005/06, clube onde disputou apenas 2 partidas. Na época seguinte é emprestado ao Stal Alchevsk, também da Ucrânia onde jogou 11 partidas. O Stal terminou essa época em último da 1ª Divisão ucraniana. Na presente época continua no Stal Alchevsk.
Além dos clubes referidos, esteve á experiência no Badajoz, Panionios, ADO den Haag e Bryne da Noruega.
Com carreira para seguir aqui, e aos 29 anos, Okunowo já vai na 2ª divisão da Ucrânia…

Veríssimo

Nélson Alexandre da Silva Veríssimo, nascido em Vila Franca de Xira corria o ano de 1977, foi mais uma das grandes promessas que as escolas do Benfica tinham para oferecer ao futebol luso.
Alto e possante, foi lançado na 1ª equipa do Benfica com 18 anos num jogo frente ao Desp. Chaves em 9 de Março de 1996. A meio da época seguinte ruma ao Alverca, equipa satélite do Benfica na altura e finda essa época seguem-se 2 épocas na Académica. Em 1999/00 regressa a Alverca onde permaneceu nas 5 épocas seguintes, já desvinculado do Benfica, clube onde conseguiu jogar com regularidade. O jogador que disse que um dia o Benfica ia pagar uma fortuna para o ter de volta acabou por rumar ao Vitória de Setúbal , findas as 5 épocas de Alverca. Veríssimo permanece nos sadinos nas 3 épocas seguintes onde nem sempre era titular.
Confinado ao banco de suplentes mais vezes do que desejava, Veríssimo ruma ao Fátima que se estreava na 2ª Divisão em 2007/08, mas apesar duma sensacional eliminação do FC Porto na Taça da Liga dessa época a equipa não resistiu e acabou mesmo por ser relegada para a 2ª Divisão B e Veríssimo com ela.
Actualmente, Veríssimo continua a jogar em Fátima, na 2ª Divisão B. Aos 31 anos, a sua carreira já vai no Fátima…

Zeferino

Zeferino Paulo Borges Soares, nascido em Bissau em 1978 era uma das promessas mais emergentes das escolas do Porto. Entrou como juvenil em Portugal e desde logo os responsáveis portistas trataram de o naturalizar português. Nas camadas jovens sempre teve muito sucesso chegando a representar as várias selecções jovens de Portugal. Em 1994/95 faz parte do plantel do Porto B e era apontado um grande futuro, mas eis que surge na jogada o empresário Manuel Barbosa, que tinha na sua carteira jogadores de nomeada na altura, que promete mundos e fundos ao atleta e coloca-o, juntamente com o colega de equipa Tinaia (lá chegaremos, lá chegaremos…) no Real Madrid, isto tudo à revelia do Porto, situação que deu muita polémica na altura. O sonho de jogar num colosso europeu estava realizado com menos de 20 anos!
Mas Zeferino era ainda muito jovem e foi rodar para o Castilla, o clube satélite do Real Madrid nas 2 épocas seguintes, seguindo-se um empréstimo ao Las Palmas. Nova época no Castilla e empréstimo ao Badajoz na época seguinte, para ainda regressar de novo ao Castilla na época a seguir.
Com isto já se ia em quase 6 anos em Espanha sem nunca se jogar no Real Madrid. Zeferino estava farto! Como tal, abandona o Castilla e vincula-se ao Alverca, na altura na 1ª Divisão para relançar a carreira e jogar pela 1ª vez em Portugal como sénior. Foram 5 épocas em Alverca onde nunca se chegou a impor verdadeiramente como titular indiscutível na equipa, até que em 2004/05 Zeferino sentiu o chamamento dos petrodólares e rumou ao excitante campeonato do Qatar, mais precisamente para o Umm-Salal. Uma época volvida regressa à Liga de las Estrellas, mas para o Logroñés. Portanto, regressou à Liga que sempre conheceu, sem Estrellas.
No final da época abandonou Logroño e veio ao Bessa dizer a Jaime Pacheco que aceitava treinar à experiência num Boavista depauperado de plantel e principalmente de dinheiro. No dia seguinte saiu a decisão que condenava os axadrezados a descer de divisão e Zeferino abandonou de imediato o clube – pois jogar numa 2ª divisão não era para ele, preferindo voltar ao seu clube actual, o Umm-Salal.
Com carreira para seguir aqui, é caso para dizer que a futura ex-estrela Zeferino já vai no Qatar…

Ivo Damas

Ivo Filipe Cerqueira Damas, nascido no Pinheiro em 1977, foi um atleta cuja ascensão meteórica só tem par no declínio meteórico também. Iniciou-se no futebol na equipa do Paredes e duas épocas volvidas rumaria ao Maia. Nessa época o Maia recebeu o Porto para a Taça de Portugal. No Dr. José Vieira de Carvalho os portistas levaram a melhor por 3-4 mas com a particularidade dos 3 golos do Maia terem sido marcados pelo jovem Ivo Damas. Essa exibição valeu-lhe a transferência imediata para o Sporting, um autêntico campo de jovens onde a média de idades era bem baixa, onde os jogadores prometiam muito e onde não se ganhava nada, com um contrato de 7 anos (SETE!!!). E esta transferência em muito explica este não ganhar nada.
Como era esperado, Damas não rendeu o que os olheiros sportinguistas (1 milhão e tal deles) pensavam e não se afirmou na época de chegada a Alvalade. Seguiram-se 2 épocas no Lourinhanense, na altura satélite do Sporting e mais 2 empréstimos ao Alverca e à Ovarense.
Desvinculado do Sporting, Damas rumou ao Penafiel onde mais uma vez não foi feliz. Seguiram-se colossos do nosso futebol: 2 épocas nos Dragões (mas de Sandim) seguidas de outra época no Vitória (mas do Pico). Madalena, Lousada e Anadia foram os 3 emblemas que o acolheram nas épocas seguinte. Hoje, como qualquer futebolista que se preze, fez as malas e rumou ao novo El Dorado do futebol europeu, o Chipre, onde alinha no também colosso Olympiakos (mas de Nicosia) - que até tem uma comunidade de 7 portugueses no plantel.
Diga-se que Ivo Damas é um jogador com honras de wikipedia e de reportagem em vídeo sobre a sua carreira, que aos 31 anos "já vai no Olympiakos Nicosia..."

...do novo Marco Almeida

Coincidência ou não, há outro Marco Almeida bem conhecido de quem gosta de futebol. Marco Antonio Bernardo Parcana Almeida, nascido em 1977 no Barreiro iniciou-se nas escolas de futebol do Sporting. Quando passou a sénior foi rodar uma época para o Lourinhanense, na altura clube satélite dos leões de Lisboa e regressou à casa-mãe na época seguinte, que se desejava de afirmação. No entanto não foi feliz e foi emprestado ao Campomaiorense de Nabeiro na época seguinte. Tentou uma aventura no estrangeiro, no exigente campeonato inglês, só que nem no Southampton se conseguiu afirmar. Nas épocas seguinte regressou a Campo Maior, depois seguiram-se 3 épocas no Alverca e de novo emigrou, para novo campeonato de elite, o espanhol. O clube: Real Múrcia. Mas Marco nem aí teve sucesso e na época seguinte já jogava no Maia que vivia uma crise financeira intensa. Saltou para o Portimonense um ano depois e voltou a emigrar de novo mais um ano passado, para mais um campeonato fortíssimo, o cipriota, ao serviço do Neo Salimis onde jogou ao lado de talentos como Filimonov (internacional A russo e provavelmente o guardião que mais erros cometeu, pelo menos que eu visse, na Liga dos Campeões), Torrão, Rui Dolores ou Dário (matador moçambicano que jogou várias épocas na Académica).
Regressou ao futebol luso esta época e está ao serviço do Lourosa, da 2ª Divisão B, onde joga actualmente. Internacional sub-21 por Portugal, e com carreira para seguir aqui, aos 31 anos de idade "Marco Almeida já vai no Lourosa..."

Marco Almeida

Marco António Mendes Almeida nasceu no ano de 1979 em Coimbra. Começou na cantera portista e seguiu os passos normais que um futuro craque segue; sobe dos juniores aos seniores e é emprestado a um clube secundário para rodar. Extremo direito rápido e fogoso, Marco Almeida é emprestado ao Leça no seu primeiro ano de sénior sempre com a ambição de regressar à casa-mãe, o que consegue no ano seguinte, 1999/00 onde não faz a época que desejava. Seguem-se novos empréstimos, de novo ao Leça e ao Penafiel no ano seguinte. Sem sucesso, desvincula-se dos durienses a meio da época e é liberto do contrato que o ligava ao Porto. Assina pelo Boavista de Pacheco onde apenas foi suplente utilizado por raras ocasiões. Segue-se um regresso a título definitivo ao Penafiel na época seguinte, depois passando por U.Madeira, Portimonense, Nelas, South China de José Luís (em Hong Kong) e desde há 2 épocas alinha no Portosantense.
Carreira recheada para quem tem apenas 29 anos e "já vai" no Portosantense...

Porfírio

Começamos por Porfírio, o homem de quem Paulo Futre uma vez disse “vai explodir, vai explodir”. Hugo Cardoso Porfírio, nascido em 1973 em Lisboa e nas escolas do Sporting para o mundo do futebol, fez parte da selecção sub-20 que disputou o Mundial da Austrália em 1993, de má memória para Portugal. Fazendo parte dos quadros do Sporting, Porfírio esteve emprestado ao Tirsense uma época e na seguinte fez uma grande época na U.Leiria, época essa que lhe valeu um lugar nos eleitos de António Oliveira para o Europeu 96. Regressado a Alvalade não foi feliz. Foi quando Paulo Futre, a actuar no West Ham United e treinado por Harry Redknapp, reuniu uma cassete com as melhores jogadas de Porfírio e as mostrou ao seu treinador. Segundo palavras de Futre: “Mostrei-lhe a cassete e o Redknapp só descansou quando o viu cá. Vai explodir! Vai explodir!”. Mas Hugo não foi feliz em Inglaterra, onde ainda jogou no Nottingham Forest depois de ter feito um ano nos espanhóis do Racing Santander. Foi contratado como grande reforço do Benfica em 98/99 para a armada de Souness. Não teve sucesso (aliás como o resto da equipa). Tentou relançar a carreira com um ano de empréstimo ao Marítimo, regressa ao Benfica, passa pela equipa B. Depois segue-se o 1º de Dezembro de Sintra, o Oriental e desde 2007/08 o Al Nassr Club da Arábia Saudita (que hoje em dia conta com valores como Éder Gaúcho – ex-Leiria e ex-Boavista).
É caso para dizer que “Porfírio já vai no Al Nassr”. Pormenores da sua carreira aqui.

A definição de "Já vai..."

Antes de mais, é necessário aclarar a noção de “já vai”, muitas vezes caída em desuso entre os espectadores atentos do fenómeno futebolístico. Geralmente, quando se vê o resumo do jogo duma equipa duma divisão secundária (ou de valia semelhante ou até menor) encontra-se sempre um nome conhecido no plantel dessas equipas. Alguém que já teve anos de glória ao mais alto nível do nosso futebol (ou até do futebol europeu) e agora deixou a carreira cair num marasmo competitivo que o leva a jogar num clube sem visibilidade. Aí surge sempre aquela frase: “O Fulaninho já vai no Clubense FC…”.

São muitos os jogadores nestas condições, nomes consagrados do nosso futebol, ex-internacionais A, ex- internacionais jovens, que jogam já noutros palcos. Aqui, no "Já Vai...", vamos tentar relembrar alguns desses atletas e o modo como as suas carreiras evoluíram.