sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Lourenço


Luis Carlos Lourenço Silva nasceu em Luanda no ano de 1983. Desde cedo veio para Portugal e este ficou o seu país. Representou as selecções jovens de Portugal e jogava nas camadas de formação do Sporting. Em 99/00 era juvenil e na época seguinte integrou, como outros grandes craques cuja carreira já aqui descrevemos, o plantel do Sporting B. Nessa mesma época é emprestado ao Bristol City. Em Ashton Gate faz 3 aparições e marca 1 golo. Regressa ao Sporting B na época seguinte onde a meio da mesma regressa a terras de Sua Majestade, desta feita para alinhar – também por empréstimo – onde pontificava um já veterano Clyde Wijnhard (que na época seguinte jogou no Beira Mar).

Chegado à época de 2002/03 estava na época de Lourenço se afirmar na 1ª divisão lusa. Assim, é emprestado ao Belenenses onde apenas fez 7 jogos e marcou um golo. Regressa a Alvalade na época seguinte, sob o comando de Fernando Santos mas não se consegue afirmar. Participa nos Jogos Olímpicos de 2004 em Atenas com a selecção portuguesa, com uma decepcionante prova.

Segue-se novo empréstimo ao Belenenses na época seguinte, onde participa apenas em 4 jogos e não marca nenhum golo. Muda-se, de novo por empréstimo, para a União de Leiria na época de 2005/06. No ano seguinte, de novo por empréstimo para Setúbal, onde faz uma meia época boa (finalmente) com 26 jogos feitos e 4 golos marcados (competições europeias incluídas). Mas estava na altura de emigrar e o Panionios da Grécia surgiu-lhe no horizonte. O Sporting empresta-o em Janeiro e Lourenço faz uma boa época, com 23 jogos e 6 golos.

Chegava assim ao fim a sua ligação ao Sporting, clube em que na realidade não se afirmou nunca, pois o Panionios adquiriu os direitos desportivos do jogador. Nas duas épocas seguintes, faz 23 jogos e 7 golos no clube grego, clube esse que sempre atingiu posições respeitáveis na liga. Partilhou o balneário com Álvaro Recoba.

No entanto, Lourenço foi dispensado do clube em 1 de Julho de 2009. Assina com o Kerkyra, da 2ª divisão grega, para a presente época, clube onde se mantém (e diga-se com boas perspectivas de subida de divisão).

Lourenço tem apenas 26 anos, apesar de já se falar dele há muito e prometia muito mais do que na realidade fez. A verdade é que já vai na 2ª divisão grega aos 26 anos. Carreira para seguir aqui.

Josivan

Josivan de Lima Fonseca é natural de Fortaleza, Brasil. Nasceu em 1979 e terá actualmente 30 anos. Como qualquer bom (e mau) menino brasileiro, quis ser jogador de futebol desde cedo. Iniciou a sua carreira um clube local, não o Fortaleza, mas o Ferroviário de Fortaleza. Nas épocas de 1998 e 1999, foi lá que praticou o seu futebol.

Senhor de um porte atlético invejável (1,64m e 63kgs) estava na cara que o futuro dele só poderia acontecer na Europa! Assim, reforça o plantel do Porto B para a época de 1999/00. Josivan permanece nas Antas durante essa época e a meio da seguinte é emprestado ao Desp. das Aves para poder jogar a um nível mais competitivo (já que as equipas B só podiam jogar no máximo na 2ª Divisão B). Foi assim cumprida a sua estreia entre os maiores do futebol português.

Entretanto Josivan decide desvincular-se do Porto e decidir o seu futuro. O Vilanovense, da 3ª Divisão, parece a opção mais normal a tomar. Afinal, um tombo de 4 divisões na carreira num miúdo de 22 anos que mal pode fazer? E se já lá estava gente como Jorge Madureira (jr) há melhor hipótese que esta? Foi dar quatro passos atrás para dar 2 em frente na carreira na época seguinte, quando assina pelo Leça, que jogava na 2ª divisão. Afinal, privar no balneário com Constantino não é para qualquer um! Na época seguinte transfere-se para a Ovarense, também da 2ª Liga, que até fez uma época razoável e terminou a meio da tabela. A verdade é que os problemas em Ovar era muitos chegando os jogadores a estar 9 meses sem receber.


Josivan não pactuou com esse tipo de imoralidades e transfere-se de novo no fim da época para o Marco, de Avelino Ferreira Torres, que essa época até acabou classificado em 4º lugar. Mas estava na altura de dar o salto internacional na carreira de Josivan. Internacional que é como quem diz, de ir para fora de Portugal. Muito fora de Portugal. Tão fora como Calisto. Tão fora como o Vietname. Ou Vietnã. No nosso brasileiro é assim que se diz! Assim, Josivan assina com o campeão local, o Da Nang e até chega a jogar a Taça dos Campeões Asiáticos onde a equipa não teve sorte. Em 6 jogos, 6 derrotas, 27 golos sofridos e 1 marcado. Não foi brilhante…

Triste, Josivan volta cá para o burgo e vem partilhar o balneário com Guilherme Cascavel, filho de Paulinho Cascavel, para Bragança, na 2ª Divisão B. É um regresso às origens na época 2006/07. Mas o chamamento do Oriente era forte e eis que o Vietnã aparece de novo no horizonte de Josivã (ok, aqui foi só para “rimar”). O novo campeão vietnamita, o Long An, contrata o atleta para também jogar na Liga dos Campeões Asiáticos! Desta vez, a equipa de Josivan conseguiu um empate na competição em casa contra o campeão chinês (2-2).

Em 2007/08 Josivan regressa ao nosso futebol, desta vez para jogar no Pontassolense da Madeira, da 2ª Divisão B, clube que até esteve perto da subida de divisão. Em 2008/09, Josivan transfere-se para o Tondela, da 3ª divisão, onde partilhou o balneário com a eterna promessa João Carlos Peixe. Josivan com o seu brilhantismo levou o Tondela à merecida subida de divisão!

Mas Josivan é um eterno insatisfeito e decidiu trocar o Tondela de novo pelo Sporting da Meda, da 3ª Divisão de novo onde se mantém a jogar actualmente.

Josivan, cidadão brasileiro com futebol mais luso do que cearense, aos 30 anos já vai na 3ª divisão em anos consecutivos, após ter passado pelo Vietnã. Carreira para seguir aqui.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Pedro Oliveira

Pedro Miguel Ferreira de Oliveira nasceu no Porto em 1981. Iniciou-se a jogar futebol nas escolas do FC Porto onde fez todo o seu trajecto de formação, sendo internacional nas selecções jovens por Portugal.

Iniciou a sua carreira profissional jogando no Porto “B”, na época de 2000/01. Jogou com Bruno Alves, Postiga, Ricardo Costa e Tonel, mas também com Reinaldo (filho de Reinaldo Teles), Pedro Nuno e Josivan (prometo um já vai espectacular para este último)! Pedro jogou no Porto “B” durante 2 épocas e meia passeando a sua classe pelos campos da 2ª Divisão B. Mas estava na altura de Pedro jogar noutros palcos. Assim, a meio da época de 2002/03 é emprestado à Académica para ter oportunidade de jogar nos melhores palcos do futebol luso. Pedro Oliveira não foi muito feliz, apesar da Académica ter evitado a descida nessa época, jogando apenas 4 partidas.


Na época seguinte, é cedido ao Leixões, que estava na 2ª Divisão e lutava pela permanência na mesma, objectivo conseguido. Pedro foi peça importante jogando em 26 jogos e marcando 4 golos. Como promessa do futebol português, Pedro foi incluído na equipa de Portugal sub-21 que disputou a fase final do Campeonato da Europa da categoria, na Alemanha em 2004. Pedro foi titular em apenas um jogo e marcou 1 golo nesse mesmo jogo, a meia final perdida contra a Itália por 3-1.

Estava na altura de novo empréstimo, que seria o “sim ou sopas” de Pedro Oliveira na sua afirmação como jogador de 1ª Divisão e assim é emprestado ao Setúbal, que consegue um campeonato tranquilo terminando em 10º lugar. No entanto, Pedro não fez o suficiente para convencer os dirigentes do Porto a ficarem com ele e como tal desvincula-se do seu clube de sempre e assina pelo Setúbal a título definitivo para a época de 2005/06. Pedro alinhou em 17 partidas apenas.

Foi a época de afirmação de Pedro Oliveira na 1ª Divisão onde pelo Setúbal jogou em 27 partidas e marcou 3 golos.

Estava na altura de Pedro dar o salto e assim, em 2006/07, acompanhou a vaga portuguesa que emigrou para a Roménia e assina pelo Cluj, juntamente com Cadu, Semedo, Fredy, Vitinha, Manuel José e Dani. Pedro faz uma boa época (29 jogos e 3 golos) e o clube faz 3º lugar na liga e apura-se para as competições europeias, mas a politica de internacionalização do clube era galopante, assim como as várias importações de jogadores e Pedro viu o seu espaço reduzido na época seguinte (apenas 1 jogo) e a meio de 2007/08 é emprestado ao UTA Arad (também da 1ª Divisão romena), clube que não evitou a descida de divisão no final da época. O nosso atleta só alinhou em 8 jogos e nem um golo para amostra na época inteira. Note-se que o Cluj nessa época acabou por ser campeão romeno.

Mas Pedro estava farto da Roménia, merecia melhores palcos e como tal na época seguinte assina pelo Modena, da Serie B italiana. Lá porque mudou de campeonato não quer dizer que não transportasse consigo o fardo duma descida de divisão na época anterior! Na competitiva Serie B, o Modena esteve envolvido até ao fim na luta pela permanência, que conseguiu atingir. Mas Pedro, apesar dos 21 jogos e 4 golos, queria jogar para os títulos, e como tal assinou, na presente época, pelo Arezzo da Lega Pro Prema Divisione (o equivalente à 3ª Divisão italiana). O Arezzo está bem classificado e até tem hipóteses de subida à Serie B, mas vamos ver como a época corre.

A verdade é que Pedro Oliveira tem 28 anos e já vai na 3ª divisão italiana. Carreira para seguir aqui.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Christian Wilhelmsson


Christian Wilhelmsson nasceu em Malmö decorria o ano de 1979. Iniciou-se no futebol no Mjallby, clube onde fez toda a formação. Entretanto subiu a sénior e ficou no clube durante mais 2 temporadas, sempre com actuações regulares. Marcou 16 golos em 54 jogos pelo clube nessas 2 épocas.

Estes números chamaram a atenção do Stabæk, da vizinha Noruega, que o contratou. Três boas épocas passou na Noruega, com 84 jogos e 25 golos pelo clube. Estava na altura de dar o salto para um campeonato mais competitivo e em 2003/04 assina pelo Anderlecht. O extremo direito atinge aí a melhor fase da sua carreira nas 3 épocas em que esteve na Bélgica. Conquistou 2 campeonatos e fez exibições brilhantes, inclusivamente na Liga dos Campeões. Marcou 14 golos nas 90 aparições que fez ao serviço dos belgas e isso chamou a atenção do Nantes, que o contratou no Verão de 2006.

No entanto, acabou por não ser nada feliz em França onde só conseguiu jogar 13 partidas pela sua nova equipa. Em Dezembro dessa época foi emprestado à Roma para jogar a 2ª parte da época de 2006/07, com opção de compra pelos romanos. Mas Christian não foi feliz em Roma e essa opção não foi exercida. Apenas marcou 1 golo nos 18 jogos que realizou em Itália.



No final dessa época, o Nantes tinha sido despromovido à 2ª Divisão francesa e assim Wilhelmsson optou por de novo ser emprestado. Rumou à Premier League e ao Bolton Wanderers, num empréstimo de 1 ano com opção de compra após 20 jogos. Mais uma vez Wilhelmsson não conseguiu afirmar-se (jogando apenas 8 partidas) e o Bolton dispensou-o no mercado de Inverno desse ano. Wilhelmsson rumou então à Liga de las Estrellas, mais propriamente ao Deportivo La Coruña, de novo por empréstimo. Foi mais feliz do que em Inglaterra (1 golo em 15 jogos) mas mesmo assim não convenceu os dirigentes galegos a apostarem nele permanentemente.

Então, em 2008/09 vira-se para o campeonato saudita e assina pelo Al Hilal por 3,5M €, com apenas 28 anos, supostamente no auge da carreira. A verdade é que já vai no 2º ano no mesmo clube e de há algum tempo para cá deixou de figurar nas escolhas do seleccionador sueco. A carreira de 54 jogos (e 4 golos) na selecção parece estar condenada.

Wilhelmsson, aos 29 anos, já vai na Arábia Saudita. Carreira para seguir aqui.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Gisvi


Gisvi Isaque Andrade Antunes nasceu na Namíbia em 1982. Fez parte da sua formação no Sporting (iniciou-se no U. Santarém seguido pelo Alcanenense), clube onde na época de 2000/01 subiu a sénior.

Como cada jogador vindo da cantera do Sporting logo lhe foi apontado futuro risonho e rumo ao sucesso. Nessa época apenas fez 2 jogos pela equipa B do clube tendo marcado um golo. Na época seguinte, Gisvi afirma-se definitivamente na equipa B do Sporting, jogando 29 jogos e marcando 8 golos. No entanto, Boloni apostou nele em 2 jogos da Taça de Portugal (ambos com o Alverca). Gisvi ficou em branco. O clube acabou por ganhar a Taça nessa época, o que fez de Gisvi um vencedor também!

Seguiram-se mais 2 épocas no Sporting B, com participações regulares no 11 mas poucos golos apontados (apenas 7 no cômputo das 2 épocas). Não foi de estranhar que em 2004/05 tenha sido dispensado. Aí dividiu a sua época entre o Lousada e o Fátima, onde jogou 18 jogos e marcou 5 golos em cada um dos clubes.

Na época seguinte transferiu-se para um Ovarense cheio de dificuldades financeiras onde só ficou meia época. Estava na hora da aventura internacional de Gisvi: o Ethnikos Asteras da Grécia estava à sua espera e Gisvi correspondeu com apenas um jogo feito pela sua nova equipa. Em 2006/07 assina pelo Lixa onde finalmente consegue fazer uma época inteira por uma equipa, com a sua baixa média habitual de golos (6 em 25 jogos).

Estava na altura do salto para a Liga de las Estrellas! Gisvi emigra de novo, desta feita para representar o San Isidro. O clube dispensou-o o meio da época e Gisvi assina pelo Zamora, ainda convicto na sua felicidade em Espanha. Partilhou o balneário com Sérgio Lomba, Besugo, Mariano e Joel inicialmente. Na época seguinte (2008/09) Besugo e Mariano abandonaram o clube mas Gisvi permaneceu em boa companhia. Gisvi ia de novo conseguir fazer uma época inteira num clube sem ser dispensado! No entanto, nesse mesmo ano apesar de estar registado como jogador do Zamora, apareceu no jornal Record como comissário de bordo da TAP numa viagem de uma equipa portuguesa ao estrangeiro.

Entretanto, regressa a casa para fazer a época actual, desta feita para servir o clube da terra de Paulo Futre, o Montijo, e fazer companhia ao sobrinho do ex-craque no plantel.

Aos 27 anos e com carreira para seguir aqui, Gisvi já vai no Montijo, com uma passagenzinha pela TAP!

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Braima


Injai Braima nasceu em Bissau decorria o ano de 1975. Um dia disseram-lhe para ir jogar futebol, e assim aconteceu. Sem se saber muito bem porquê, Braima estreou-se nos seniores do Gondomar na época de 1993/94, portanto com 18 anos de idade. Nessa altura o Gondomar militava nas divisões secundárias (não é que alguma vez tenha jogado na 1ª Divisão), mas a bênção de Valentim Loureiro ainda não se tinha feito sentir. Na época seguinte, Braima seguiu nos gondomarenses mas em 1995/96 jogou no Torres Novas, clube que jogava na 2ª Divisão B e onde chegou a fazer parelha no meio campo com Ali Hassan, que após quatro épocas de leão ao peito (que tempos, que tempos!) e após passagem por Viseu veio terminar a Torres Novas.

Na época seguinte novamente a troca de experiências com uma velha glória do futebol português em fim de carreira, desta feita de novo no Gondomar: Mamadu Bóbó Djaló. O clube era usado como filial do Boavista e portanto nessa época partilhou o balneário, entre outros, com Petit e mais uns quantos jogadores que entretanto se perderam.

Não é de estranhar então que na época, seguinte (1997/98) e juntamente com Petit de novo, ingressasse no U.Lamas para jogar na 2ª Divisão de Honra na altura, a divisão mais alta onde alguma vez tinha jogado. Distribuindo pontapés por tudo quanto se mexesse no campo e não se parecesse com uma bola, não foi surpresa que Jaime Pacheco lhe desse uma oportunidade no Boavista da época seguinte. No entanto, por duas infelicidades (uma lesão grave e outra falta de jeito) Braima nunca jogou no Bessa e na época seguinte foi emprestado ao Desp. Aves onde conseguiu a subida à 1ª Divisão. Manteve-se emprestado na época seguinte aos avenses, que não evitaram a despromoção à 2ª Divisão (enquanto que o clube que detinha os seus direitos, o Boavista, se sagrava campeão nacional da 1ª Divisão).

De regresso ao Bessa, em 2001/02, Braima nunca se afirmou num plantel que jogava Liga dos Campeões e lutava pelo campeonato, pelo que a meio da época foi emprestado ao Leça, nessa altura na 2ª Divisão.

Desvinculado do Boavista a partir de 2002/03, Braima atinge o ponto alto da sua carreira, assinando pelo Gil Vicente e onde se afirmou como titular no centro da defesa (e ocasionalmente a trinco, onde tinha mais liberdade para explanar o seu futebol viril). Jogou durante 4 épocas consecutivas nos gilistas e sempre na 1ª Divisão.

Em 2006/07, já com 31 anos, assina pelo Portimonense que na altura militava na 2ª Divisão de Honra. Partilhou balneário com craques como Pintassilgo, Rui Baião, Rodolfo Lima ou Maxi Bevacqua! Entusiasmado com o sol do Algarve, o guineense assina na época seguinte por novo sol, o sol do Chipre! O clube era o Olympiakos de Nicósia, clube recheado de estrangeiros de qualidade duvidosa, mesmo para standard de campeonato cipriota. O clube obteve 18 derrotas em 26 jogos onde obteve um destacadíssimo 14º lugar a 10 pontos do 13º. Como é óbvio, desceram de divisão.

Mas Braima recusava-se a atirar a toalha ao chão e aos 33 anos assina por novo projecto ambicioso no estrangeiro, desta vez no exigente Girabola, o campeonato angolano de futebol. O clube é o 1º de Maio de Benguela que tem como presidente um senhor chamado Bartolomeu Dias. Nesta liga do ano de 2009, o 1º de Maio vai em antepenúltimo, travando batalhas titânicas com colossos como o Santos FC (mas de Luanda) e o Recreativo de Caála. São estas as batalhas que Braima gosta de travar! Mas nem tudo foram rosas nestas últimas épocas para o nosso herói. Sabor agridoce para Braima pois finalmente aos 32 anos foi internacional pelo seu país, a Guiné-Bissau, mas foi logo eliminado no caminho para o Mundial da África do Sul pela Serra Leoa. Mas saiu com a cabeça erguida de campo, como sai sempre!

Aos 33 anos e após longa carreira no nosso futebol e com carreira para seguir aqui, Braima já vai a caminho da 2ª Divisão de Angola!

sexta-feira, 6 de março de 2009

Robaina


António Segura Robaina nasceu em Las Palmas, decorria o ano de 1974. Iniciou-se no futebol sénior no clube local, precisamente o Las Palmas. Representou este emblema durante 4 épocas seguidas antes de dar o salto para outro clube das ilhas, desta vez de maior dimensão e a passar um periodo mais desafogado: o Tenerife. Nas 4 épocas que representou o clube, chegou a jogar com craques como Kodro, Aurelio Vidmar ou Oliver Neuville. Em 1996/97, treinado por Jupp Heynkees atingiu a meia final da Taça UEFA, caindo aos pés do então vencedor Schalke 04. Na época seguinte ainda partilhou o balneário com Makaay e o nosso Domingos, entre outros, mas como é óbvio uma época que começa com o Rei Artur ao leme não pode acabar bem. Substituído por Victor Fernandez a meio da época, o clube ainda se conseguiu salvar da descida de divisão.
Como os efeitos do treino do Rei Artur são deveras devastadores, na época seguinte o Tenerife acabou mesmo por descer de divisão e Robaina também. Estava na altura de Robaina dar o salto, e que clube melhor que a constelação de estrelas do Sporting de Augusto Inácio e Luis Duque? Robaina, apesar de mostrar todo o seu (não-)valor pelos campos na 1ª Divisão portuguesa, conseguiu o título nacional. Mas Robaina queria mais. Queria inclusivamente poder jogar. Portanto na época seguinte, o extremo transfere-se para o clube que nunca o traiu, o Las Palmas, que faz uma boa temporada na Liga Espanhola nessa época (2000/01).
Apesar da boa época dos ilhéus, Robaina ainda não estava feliz e assina pelo Ceuta, da 2ª Divisão B de Espanha. Nas 3 épocas seguintes, representa o emblema do Pájara, também dos escalões secundários espanhóis e em 2005/06 faz uma época no Castillo CF. Mas a carreira de Robaina merecia mais, e na época seguinte, 2006/07, assina pelo Santa Brígida, da terra que nunca o traiu - as Canárias. Ainda agora lá joga.
É caso para dizer que aos 34 anos, Robaina já vai no Santa Brigída e que já joga em divisões secundárias espanholas há 8 épocas consecutivas. Carreira para seguir aqui.